Evento reavalia
Situação jurídica e psicossocial de crianças que se encontram em regime de
acolhimento institucional
O Juízo da Infância e Juventude da
Comarca de São Manuel realizou no dia 19 de maio mais uma 'Audiência
Concentrada', em atendimento às determinações da Resolução n°. 32/2013 do
Conselho Nacional de Justiça.
Trata-se de um evento que ocorre semestralmente
e visa promover a reavaliação periódica da situação jurídica e psicossocial das
crianças e adolescentes que se encontram em regime de acolhimento
institucional, de modo a evitar que permaneçam acolhidos por períodos
prolongados e de forma contrária aos princípios e direitos que norteiam o
Estatuto da Criança e do Adolescente, cujo artigo 19 estabelece que 'toda criança e adolescente tem direito de
ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família
substituta', devendo a situação daqueles que estiverem inseridos em
programa de acolhimento ser reavaliada, ‘no
máximo, a cada seis meses’, já que sua permanência na instituição 'não se prolongará por mais de dois anos,
salvo comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devidamente
fundamentada pela autoridade judiciária'.
Segundo a Juíza da Infância e
Juventude da Comarca de São Manuel, Drª Érica Regina Figueiredo, 'a medida de proteção de acolhimento
institucional possui natureza excepcional e provisória e, uma vez aplicada pela
Justiça, passa a exigir de toda a rede de proteção dos direitos da criança e do
adolescente o máximo empenho e dedicação para que eles retornem ao convívio
familiar. Dentro desse contexto, a 'Audiência Concentrada' possibilita a
reunião de profissionais e representantes municipais das mais diversas áreas para
discussão do caso com os próprios familiares e obtenção de uma solução que
melhor atenda aos interesses e necessidades da criança e adolescente em regime
de acolhimento institucional'. Concluiu afirmando que 'o trabalho desenvolvido de forma séria, efetiva e incansável por toda
a rede de proteção na Comarca de São Manuel tem sido de fundamental importância
para que os limites e desafios enfrentados nessa seara do acolhimento institucional
sejam superados e para queo direito ao convívio familiar do infanteacolhido
seja reestabelecido o mais rápido possível, tal como determina a lei.'
Sob a presidência da Juíza de
Direito, Drª Érica Regina Figueiredo, a 'Audiência Concentrada' realizada na
última terça feira contou com a presença da Promotora de Justiça da Infância e
Juventude, Drª Vivian Corrêa de Castro, do representante da Ordem dos Advogados
do Brasil, Dr. Claudiano Roberto Giorgetto, das assistentes sociais e psicóloga
do Setor Técnico Judiciário, Márcia Regina Crivelli Bonacordi, Amanda Simone
Sebastião Tocci, Bruna Carolina Bonalume e Maria Denise Bertozzo Delmanto, bem
como da equipe técnica das instituições de acolhimento 'Casa Santa Maria' e
'Casa Clélia Rocha', além de representantes do CRAS, Promoção Social e
Conselhos Tutelares dos Municípios de São Manuel e Pratânia, e dos familiares
das crianças e adolescentes acolhidos, sendo reavaliados
doze processos de acolhimento institucional, alguns envolvendo grupos de até
três irmãos, com a obtenção do resultado satisfatóriode cinco desacolhimentos,
com o consequente retorno de cinco crianças e/ou adolescentes para suas
famílias.
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