Família
conquista direito de fica com porco de estimação
No final do mês de
outubro, um porco de estimação virou o assunto preferido nas rodas de bate papo
em São Manuel e região. O caso ganhou destaque na imprensa nacional. Tudo
começou quando o chapeiro, José Ricardo Tineu, são-manuelense, morador do
bairro da Conquista, deu para sua filhinha um presente inusitado, um “mini
pig”.
O porquinho carismático, que
carinhosamente foi batizado de Rabicó, não precisou de muito esforço para
conquistar o coração da família e virou o novo xodó da casa.
“Ele
é criado como se fosse um cachorrinho de estimação. Eu brinco com ele, à noite,
ele dorme na sala da minha casa, ele usa o óculos dele, eu passo creme nele,
ele usa chapéu e a ração dele é uma própria para cachorro, sem gordura. E, todo
domingo, eu levo ele para passear”, comentou Ricardo numa entrevista publicada
pelo Jornal da Cidade de Bauru.
Mas como nem tudo são
flores teve gente que não gostou da novidade. Alegando que a presença do animal
gerava acúmulo de sujeira, cheiro forte e um número excessivo de mosquitos,
vizinhos da família denunciaram o caso na Prefeitura, já que uma lei municipal
de 2009 proíbe a criação de suínos, caprinos, ovinos,
bovinos, bufalinos e galináceos em loteamentos urbanos do município.
Ao visitar a casa de Ricardo, servidores municipais constataram
que o porco realmente residia na casa, e que tanto a urina quanto as fezes do
animal atraia um número excessivo de mosquitos.
A Prefeitura deu um prazo de 10 dias, que foi prorrogado, para que
José Ricardo Tineu pudesse regularizar a situação de Rabicó. “A intenção, na
verdade, não é tirar o animal da família, muito pelo contrário, é que eles
consigam criá-lo de uma forma ideal”, informou na época a assessoria de
imprensa do município.
Nesse
período, o chapeiro protocolou na Prefeitura o atestado sanitário de Rabicó
assinado pelo médico veterinário Gustavo de Calasans Marques, o qual constava
identificação do animal, pelagem, tamanho e a carteirinha de vacinação do
porquinho.
Com posse dessas informações, o setor jurídico da Prefeitura
emitiu um parecer, o qual comprova que
o animal em questão é da espécie Mini Pig “Sus scrofa doméstica”, que segundo
consulta trata-se de um animal exótico de estimação doméstico oriundo de
processo geneticamente modificado que possibilita o convívio familiar sem
colocar em risco a vida, integridade e a saúde das pessoas, versando sobre o
animal diferenciado dos animais diretamente rurais, sendo criados dentro de
casa, já que são extremamente limpos e apegados aos seus donos como cães e
gatos.
No entanto, como forma de prevenção, o município
exigiu que a família assinasse um termo de responsabilidade, e na qualidade de responsável pelo animal "mini porco" assumindo
toda e qualquer responsabilidade sobre os cuidados do mesmo, com o objetivo de
assegurar o controle e impedimento de proliferação de doenças causadas para o
ambiente nocivo a saúde pública e moradores que residem nas proximidades da
residência, bem como em todo local que o mesmo vier a transitar, assumindo, a
responsabilidade plena das ações e/ou omissões das normas sanitárias,
concedendo às autoridades todas as informações e solicitações que forem
exigidas.
Após o acordo, e o risco de perder Rabicó, hoje a família Tineu pode
dizer que esta é uma história com final feliz.
Fonte: Prefeitura
de São Manuel, Diretoria de Comunicação