Animal estava preso no motor de um caminhão
Na manhã de ontem,
quarta-feira 14, a equipe da UVA, Unidade de Vigilância Ambiental, foi acionada
por moradores para socorrer um macaco da espécie Sagui que ficou preso no motor
de um caminhão. O motorista notou a presença do animal quando abastecia o
veículo num dos postos de gasolina da Avenida José Horácio Mellão.
Após ser resgatado, o Sagui
foi encaminhado ao CEMPAS – Centro de Medicina e Pesquisa em Animais
Silvestres. Depois de receber os cuidados necessários o macaquinho será
devolvido à natureza.
A UVA vem realizando com
frequência atendimentos a animais silvestres, nesta semana, além do Sagui, a
Unidade resgatou uma maritaca que ficou presa no telhado de uma casa no bairro
Catâneo Angelo
O desmatamento somado ao
desenvolvimento das monoculturas e o avanço das construções em áreas verdes e o
aumento da malha viária são alguns dos fatores que restringem o habitat natural
dos animais silvestres. Por esse motivo o aparecimento desses animais em áreas
urbanas tem aumentado consideravelmente nos últimos anos. Esse é um fenômeno
que atinge centenas de cidades no Brasil.
O SAGUI
O sagui é o macaco de
menor porte existente na Natureza; é também denominado mico e integra a família
Callitrichidae. O termo em português provém da língua tupi. Ele tem o rabo
comprido, sua cabeça é extensa e ampla; as unhas apresentam o formato de
garras, embora o polegar tenha uma configuração distinta e não se separe dos
demais. Este animal é portador de 32
dentes: oito incisivos, quatro caninos, doze pré-molares e oito molares.
São criaturas
estritamente selvagens, portanto não devem ser mantidas como animais de
estimação. Os maiores atingem uma média de 20 centímetros e o menor mede cerca
de 11 centímetros, e é conhecido como Sagui leãozinho. Eles habitam,
normalmente, as matas da América Central e do Sul. Das 35 espécies
identificadas, 25 vivem em território brasileiro.
Estes animais são
geralmente encontrados em grupos, abrigados em arbustos, pois são dotados de
unhas aguçadas e de incomum desenvoltura, recursos que lhes permitem subir em
árvores sem qualquer problema. Já o rabo, desproporcional em relação ao seu
tronco, não lhes confere a habilidade de outros primatas para suspendê-los nos
ramos; eles exercem somente a função de equilibrá-los.
Bichos deveras
habilidosos e arteiros, eles se sustentam sobre quatro patas, pulam com
incrível destreza, soltam guinchos e assobios discernidos a grandes distâncias,
preservam costumes exercitados à luz do dia e têm o hábito de ir à terra
somente para caçar insetos e procurar água.
Livres, eles se alimentam
de insetos, répteis, mamíferos minúsculos, aves, lesmas, ovos, determinados
vegetais, frutas e a goma dos arbustos. No cativeiro eles preferem bolinhas de
carne produzidas com apenas 1 cm, em dias revezados.
Em liberdade eles preservam a vida por pelo
menos 10 anos; na prisão eles têm uma existência mais prolongada, que pode
durar até 18 anos. Aos 3 anos eles já atingem o necessário amadurecimento
sexual. O acasalamento ocorre quando o par está sozinho em um habitat
tranqüilo, desprovido de seres humanos. A fêmea pode se reproduzir novamente
dois dias depois de dar à luz, gerando novos filhotes a cada 6 meses.
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